Você provavelmente já deve ter ouvido falar do famoso “jeitinho brasileiro”, que sempre consegue as coisas de uma maneira diferente das normais. Além desse “jeitinho”, podemos citar outros que podem ser ainda mais diferentes, em alguns casos ele podem ser bons ou ruins.
Se você é alguém que nunca passou por uma situação na qual vivemos, de ficar isolado consigo mesmo, provavelmente não conhece como é viver com medo e ao mesmo tempo lutando para viver. É nessas horas que surgem às melhores reflexões da vida - “qual o propósito da humanidade”, “o que é certo ou errado” - essas perguntas vêm e vão.
O momento atual devia ser o momento certo para iniciarmos “à tal reflexão”. No entanto, as pessoas preferem simplesmente jogar tudo para o alto e fazer de conta. A boa reflexão é aquela que se inicia na mente, vai para o papel e depois ao público. Questionar é um ato importante para a construção de uma sociedade, mas, é claro que para todo o questionamento deve haver uma resposta. Por mais que demore para ela surgir, nada de silêncio. A dica é: pesquise e estude.
Ao meu ver, o isolamento que deveria ser uma chave para parar a pandemia e criar novas reflexões apenas se perdeu em meio à um mar de informações. A Internet virou um caos durante a pandemia, parecia uma rua com confusões, igual aquela que era mostrada em um episódio do seriado de Todo Mundo Odeia O Chris.
Governo
No Brasil nunca houve um isolamento, desde o começo, antes mesmo de o vírus chegar aqui para nós, nada se passou pela cabeça das pessoas o que poderia vir à acontecer. Talvez seja porque o ser humano nunca se deu ao trabalho de pensar no futuro, apenas no presente. Além disso, as pessoas sempre esperam que tudo seja resolvido por um poder político maior, isso apenas bagunçou tudo, porque de um lado temos o Governo com uma Ciência Econômica e do outro um grupo de Ciência Médica. E o economista que nunca parece ter feito nada coloca um dedo para atrapalhar às medidas médicas.
Cientistas
Mas, antes mesmo de o governo meter o dedo, os especialistas já tinham brigas relacionadas ao isolamento. É vertical ou horizontal, é quarentena ou bloqueio total… até que decidiram: isolamento horizontal. No entanto, à medida não fez muito efeito já que passamos mais de três meses e não teve nada de isolamento. O motivo? Simples, as pessoas esperam, como sempre, que um poder maior faça a sua parte, sendo assim nem a sociedade e nem os políticos se deram ao trabalho de realmente resolver um simples problema.
O fato é, nunca tivemos isolamento, os governadores estaduais que tanto pediram um isolamento rígido, apenas ameaçavam, mas nunca fizeram nada. Resultado: mortes e aumento de infectados. Agora, começam a autorizar, mesmo que gradual, a reabertura das atividades econômicas, aumentando ainda mais o risco de aumentar a taxa de infectados e mortos. Porque uma coisa é certa, só será possível frear à Covid-19 com uma vacina, que só estará disponível no final de 2020 ou em 2021.
O ‘tabu’ da sociedade
As pessoas (sociedade em geral) que tanto pediam o isolamento e defendiam as decisões da Organização Mundial da Saúde (OMS), passaram mal duas semanas e já estavam pedindo o fim do isolamento para sair de casa e se aglomerar (em bares e festas).
Isolamento é uma palavra muito forte na sociedade. Ela está muito associada à uma pessoa sozinha, em seu próprio canto. Na sociedade em que vivemos é uma palavra muito associada a um ‘tabu’, isso porque uma das necessidades da humanidade está no fato de que temos que nos ‘agrupar’ a um grupo de pessoas para viver. No entanto, que sentido faz se agrupar se os interesses não são iguais? Que sentido faz se o membro é rejeitado e criticado de maneira ruim?
Minha análise
Eu estou no grupo de pessoas que se deram bem ao termo isolamento diante de uma pandemia, eu sempre gostei de estar sozinho, não precisei trocar isolamento por ficar em casa, afinal, ficar em casa é um ótimo conforto. Me sinto mais seguro na minha residência do que no mundo lá fora, onde a maior parte das pessoas são idiotas e com uma mente fechada. Na maioria das vezes, é só falta de hábito e entendimento das pessoas. Eu esperava que elas entendessem isso, mas, apenas regrediram diante à tudo isso.
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